Aos Amigos!
Não os tenho ao desbarato, mas a vida tem sido generosa comigo. Dá para ficar um tempo a contá-los pelos dedos. Falo daqueles que dá para ficar um tempo, daqueles a quem as mãos apertam com força, a quem os braços puxam para mais perto. Perco-me em lembranças, por causa daqueles que já o foram um dia. Alguns já o Tempo não traz, outros...ainda aparecem para os abraços, para recordações, mas depois...cada um para o seu novo mundo.
Dos que ficam, nem todos têm a mesma importância, como seria óbvio. É bom quando estas importâncias estão definidas. Comparando-me com uma máquina, os amigos são as peças que me fazem mexer. É preciso ir fazendo umas actualizações, umas adaptações. Assim, tenho peças que servem para me ajudar a andar, outras para acenar ou para rir. Tenho outra que me dá a volta à barriga, que faz bater o coração e...que não me sai da cabeça. São os melhores amigos estes.
Mas...há sempre um mas, é preciso ir oleando as peças, uma por uma. Bem sei que não é fácil, que dá trabalho, mas é a vida (e é mesmo). Por isso, hoje dou atenção a umas, amanhã a outras, e por aí fora. Às vezes esqueço-me, confesso. Depois, até parece que custa, como se estivesse ferrugenta. O pior é mesmo quando deixamos que algumas acumulem esforço, mas para tudo há solução. Mesmo para os nós nas articulações.
1 comentário:
O pior é que de vez em quando a ferrugem não sai. É uma chatisse. Mas acho que fazes bem em seguir o que escreves aqui.
Um abraço
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