sexta-feira, julho 20, 2007

Referências

Na minha breve passagem pelo Oeiras Alive, para além dos concertos ("do" Concerto) houve mais um acontecimento que me chamou a atenção: A enorme afluência de pré-adolescentes (crianças, portanto). Talvez por ser perto de Lisboa, não sei.

Não sou contra, pelo contrário. O pior é quando são "deixados" nestes mundos, onde não têm limites, regras e, principalmente, referências.

Quando era mais pequeno (não quero, nem vou, ser saudosista. Não é uma questão de gerações) lembro-me de olhar para os mais velhos e..."são grandes". Um dos "maiores" era o meu primo Gonçalo (ainda é). Influenciou-me em muitas coisas. Feliz de mim que as pude escolher. Ele nem um ano mais velho é, e talvez por isso tenha sido mais fácil a identificação. Fica sempre a música e as conversas. A praia e o café (aqui sim saudosismo, a velha "A Canga").

Gonçalo, Oeiras

Ontem ouvia uma conversa entre adolescentes. Vangloriavam-se pelos copos, pelos shots. Arrepia-me por dentro. Agora olho para os mais novos, vício do lenço verde. Sinto-os perdidos. É possível que não estejam, é possível que saibam exactamente o que querem. Viver no limite, desafiar as regras (quais?). Bem sei que também havia jovens assim, sempre houve. Pode ser só impressão minha, mas parece-me cada vez mais generalizado.

Confio-lhes muito, principalmente o futuro deles. Mas não quero que deixem de pensar no presente. Só acho é que podem ter outros desafios. Quero que se matem antes por ser os primeiros a chegar à meta. Quero que se matem para ser os melhores marcadores dos jogos do bairro. Quero que se matem para conquistar as bandeirolas das outras equipas. Quero que se matem para Viver Melhor.

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