domingo, dezembro 17, 2006

WOK, Ritmo Avassalador

Fiquei rendido.


Há muito que ouvi e vi o aparecimento do projecto tocá rufar, que teve o seu ponto alto na abertura da Expo 98. Muito são as feiras e espectáculos em que aparecem e deixam rendidos outros tantos espectadores.

Hoje assisti a um dos vários projectos englobados no tocá rufar, WOK, Ritmo Avassalador. Pode parecer, à primeira vista, uma "cópia" de Stomp. Não é! É ritmo puro, envolto por um imaginário tribal. Ouve-se e acompanha-se com palmas, aqui quase sempre no tempo certo (o que é raro em Portugal. Não me lembro de ter assistido a um concerto em que os tempos das palmas não se tenham perdido).

Fiquei impressionado. Aquele grupo (enorme) de rapazes e raparigas que tocavam tambor de vermelho e branco transFormou-se. Hoje têm 4 espectáculos diferentes, 4 oficinas de formação, site, loja online, etc, etc...

Transfiro os meus aplausos de hoje há tarde para aqui. É bom saber que os sonhos se podem realizar, mesmo que para ser ouvido tenha de se bater forte o tambor.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

...rotinas.

It's not hard to grow,
When you Know that you just don't know.

Passo praticamente todos os dias em frente à Faculdade de Ciências. Umas vezes mais apressado, mas até mesmo nessas, não deixo de espreitar. Acho que o faço mais vezes hoje do que no último ano. Crescer tem destas coisas. Chegamos a um sítio novo, estranhamos. Demora um tempo, mas adaptamo-nos. Depois somos nós os mais velhos, recebemos. Criamos a rotina, conhecemos todos os lugares, todas as pessoas. Inventamos truques e atalhos para conseguir chegar mais cedo, ou simplesmente para não chegar mais tarde :) Quando achamos que estamos no "nosso" espaço, perfeitamente adaptados, muda-se.

Cheguei a um novo sítio, apesar de já ter passado a fase de estranhar, treme-se. Adaptei-me, mas continuo a ser dos mais novos.

Já tinha sido assim antes, e antes do antes também. São ciclos. Servem para...quebrar a rotina?
Ás vezes penso que sim, mas...nós precisamos de rotinas, precisamos de ter algo certo no nosso dia, para ganharmos confiança de um dia mais tarde...quebrar, arriscar o salto. Arriscar um salto. Talvez tenham uma explicação, ou talvez não. Talvez sejam tão certos como as rotinas que criamos. Porquê?

Porque crescemos. E que seja assim incerto, desde que o saibamos, desde que nos adaptemos, desde que quebremos as rotinas de tempos a tempos.